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Boas práticas para responder a reclamações

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Responder a uma reclamação não deve ser visto apenas como a resolução de um problema imediato, mas sim como uma oportunidade estratégica para reforçar a confiança do cliente e promover a melhoria contínua da organização.


Em Portugal, a lei exige que todas as entidades que possuam Livro de Reclamações (físico ou eletrónico) respondam às reclamações num prazo máximo de 15 dias úteis, salvo prazos distintos previstos em legislação específica. A resposta deve ser clara, fundamentada e enviada ao reclamante, bem como à entidade reguladora ou de controlo de mercado competente.


Reclamação como oportunidade de melhoria


As reclamações não devem ser encaradas apenas como críticas negativas. São, muitas vezes, a fonte mais valiosa de informação para identificar falhas, ajustar processos e inovar. Como afirmou Bill Gates, “os clientes mais insatisfeitos são a nossa maior fonte de aprendizagem”.Cada reclamação traz consigo dados concretos sobre expectativas não cumpridas e pontos críticos do serviço ou produto que, se bem analisados, podem originar melhorias estruturais e ganhos de competitividade.


Boas práticas essenciais


Ao responder a reclamações, devem ser observados princípios fundamentais:

  • Empatia e respeito – Demonstrar compreensão e consideração pelo impacto que a situação teve no cliente.

  • Clareza e precisão – Comunicar sem ambiguidades, numa linguagem acessível.

  • Profissionalismo e neutralidade – Manter um tom imparcial, evitando conflitos.

  • Referência a normas e políticas – Apoiar a resposta em regulamentos e procedimentos internos.

  • Oferecer soluções concretas – Apresentar medidas imediatas ou próximos passos.

  • Personalização – Adaptar a resposta ao caso específico.

  • Transparência – Ser claro quanto ao que a organização pode ou não fazer.

  • Acompanhamento – Confirmar a satisfação do cliente e encerrar formalmente a reclamação.


Estrutura recomendada de uma resposta a reclamações


Uma resposta eficaz deve seguir uma estrutura clara. Eis um modelo prático com exemplos:


  1. Agradecimento e reconhecimento - “Agradecemos o tempo que dedicou a partilhar a sua experiência connosco. O seu feedback é fundamental para a melhoria dos nossos serviços.”


  2. Reafirmação da questão apresentada - “Do entendimento que temos da sua exposição, a sua insatisfação prende-se com o atraso na entrega da encomenda realizada no dia 12 de setembro.”


  3. Empatia e pedido de desculpa (se aplicável) - “Lamentamos sinceramente o transtorno que esta situação lhe causou.”


  4. Explicação institucional - “Verificámos que o atraso ocorreu devido a uma falha no sistema logístico que afetou várias entregas nesse período."


  5. Proposta de solução ou próximos passos - “A sua encomenda foi já expedida com entrega prevista para as próximas 24h. Além disso, oferecemos um desconto de 10% na próxima compra em sinal de boa-fé.”


  6. Referência a normas ou políticas internas - “Esclarecemos que seguimos rigorosamente os requisitos da ISO 9001 e da legislação em vigor para assegurar a qualidade e a transparência no processo.”


  7. Conclusão e disponibilidade para acompanhamento - “Estamos ao dispor para qualquer esclarecimento adicional e comprometidos em evitar que situações semelhantes ocorram novamente.”


  8. Assinatura formal Com os melhores cumprimentos,

    João Silva – Departamento de Qualidade

    Email: qualidade@empresa.pt | Tel.: 21 000 0000


Conclusão

Quando bem estruturadas, as respostas a reclamações não só resolvem problemas, mas também reforçam a confiança do cliente e alimentam a melhoria contínua da organização. A adoção de boas práticas, apoiadas nas normas ISO 9001 e ISO 10002, permite transformar situações de insatisfação em oportunidades de fidelização.


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